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A Série Contra os Jets, Parte 2 – Divertimento Canadense Em Meio Aos Playoffs




Empatando essa série sem merecer, e também foi sem merecer que vencemos esse jogo, embora tivéssemos o domínio da zona neutra nos 40 minutos finais, Pekka Rinne teve que se virar do jeito que dava. Com quase oito minutos jogados ele fez uma defesa sensacional com a ponta do stick. Sejamos sinceros, se este puck entra, o final deste jogo seria outro.

Seguimos sendo amassados na zona defensiva mas as vezes nos aventurávamos à zona ofensiva, o problema é que realmente não acontecia nada. Prova disso o gol do Ryan Hartman, quando o puck ficou perdido no meio de cinco jogadores ele consegue empurrar pro gol. Isso foi o primeiro período, um time apenas jogando e o outro defendendo, pegando o resto, quando sobrava algum puck para contra-atacar.


No começo eu disse que tivemos o domínio da zona neutra nos 40 minutos finais, mas nada adiantava pois seguíamos pecando na zona ofensiva. Mas no segundo período melhoramos ainda mais defensivamente, o que nos deu tal domínio.


Vamos combinar aqui galera, acho que foram os jogos mais fáceis da carreira de Connor Hallebuyck. Sinceramente não vejo nenhuma dificuldade para o grande goleiro dos Jets, o trabalho está sendo feito fácil, fácil, mesmo com as recuperações, um jogo melhor defensivamente e tomando conta da zona neutra, quando temos o puck não conseguimos trabalhar bem, isso manteve o que se viu do time em finalizações até aqui nesta série, tiro despretensiosos, sem perigo, na base do desespero.


Uma oportunidade de power play deu ao P.K Subban a chance de desabafar sobre as vaias que recebe nesses 2 jogos em Winnipeg, um belo one-timer da Blue line para ampliar para 2-0 o jogo.


No terceiro período o jogo seguiu como foi o segundo, as chances que os Jets tinha na partida eram negadas pelo Pekka Rinne, isso, quando eles conseguiam passar da zona neutra. Pois é pessoal, e por incrível que pareça, tudo isso não era suficiente, as melhores chances da partida seguiam sendo dos Jets. No final do time da casa tira o goleiro e ainda tem um power play para tentar o tudo ou nada, diminuíram com Patrik Laine restando 0:52 segundos por jogar. Esse gol foi outra falha de five hole (capacidade do goleiro em proteger o meio das pernas) do Pekka.


A série empatada chega até ser inacreditável, pois o hockey minúsculo que estamos jogando não condiz.


“Foi algo em que realmente nos concentramos, jogando sólido na defesa”, disse Rinne. “Foi um excelente trabalho de equipe Jogamos um jogo muito sólido ao longo dos 60 minutos e é obviamente uma grande vitória para nós”.


JOGO 5 – 05/05, Nashville JETS 6 – 2 PREDS


Retornamos à Nashville e se engana quem pensa que a nossa casa, como no ano passado, tem sido um pesadelo para os adversários. Os Avs vieram e deixaram muitos gols, agora com os Jets a coisa só piorou. 6-2 e inúmeras bobagens defensivas novamente. Fizemos até um bom primeiro período, mas seguimos sem dar trabalho para Hallebuyck, e os vinte minutos iniciais zerado.


Um dos poucos a se destacar neste jogo foi Yannick Weber que fez grande partida do início ao fim, ele deveria ter jogado mais nesta pós temporada. Parece que ele joga melhor nos playoffs, pecou muito na temporada regular porquê é fraco, mas como no ano passado, ele fez 4 grandes jogos, e aqui ele evita o gol certo dos Jets.


Bom, a partir daí começa nossas bobagens, Josi e Ellis brincam na zona defensiva, perdem o puck e Stastny sozinho, de novo, SOZINHO, fez o desvio em frente ao Rinne. Eu enfatizei “sozinho”, pois quantas vezes lemos que um jogador dos Jets esteve livre de marcação anotando um gol nesta série? Você vai ler bastante ainda aqui, assim como leu na primeira parte, e ao final, eu vou somar todos. Mas essa vai na conta de Josi e Ellis que foram extremamente displicentes na zona defensiva.


Enquanto isso o único jogador disposto na noite empata o jogo, belo gol para Yannick Weber, mostrando até certa técnica. QUE JOGADA!


Ele sozinho não vai vencer nenhum jogo, o time parou de jogar o pouco que jogou nos primeiros 20 minutos. Kyle Connor foi furando a defesa e tentando até dar vantagem no placar para os visitantes. Apática nossa defesa. Desespero e mais desespero na zona defensiva e em frente à crease, todos os nossos jogadores foram tentar desesperadamente evitar um gol e deixaram tudo livre para Byfuglien ampliar. Lance medonho.

Nesse momento meu sentimento é de chorar de raiva e tristeza. Eu não conheço meu time, onde estão meus jogadores? Cadê nossa fortaleza defensiva? Por onde anda nosso hockey envolvente? É com muita dor que estou aqui para escrever sobre essa série, é difícil mas vamos prosseguir.


É outra falha, é outro gol, Kyle Connor sozinho na diagonal para slot, com toda calma do mundo após perdemos mais uma posse na zona defensiva deixa 4-1 para o time canadense que brinca de jogar hockey. Divertimento em meio aos Playoffs da Stanley Cup, 3 gols em menos de 5 minutos e sinto que se os Jets quiserem continuar assim, assim será, morremos já no segundo gol.


Incrivelmente conseguimos um segundo gol no jogo, mais incrivelmente ainda, ele foi no penalty kill. Shorthanded gol para Ryan Johansen. Sério, pra quê? Pra nada mesmo, apenas para pôr número nas estatísticas e nada mais.


Eu amo demais o meu time, e é somente por amor que vejo à esses jogos apáticos e bisonhos, não quero ser chato quanto a isso, mas Scheifele, advinhem… não é muito difícil… estava sozinho na slot para anotar o quinto gol dos visitantes. Perreault no power play, sozinho dentro da crease aproveita o rebote e coloca números finais, 6-2 Jets.


40-32 Preds shoots, nem lembro de uma defesa importante de Hallebuyck no jogo, Winnipeg anotou 6 gols, porque achou que estava de bom tamanho, não por piedade, pois facilmente poderiam ter feito mais, muito mais, eu diria uns 4 gols sem exagero. Eu acho que as palavras ainda não fazem jus ao tamanho do desastre do nosso time.


Josi: “Não há pânico. Nós sabemos o que temos que fazer. Somos um grupo bastante confiante, mas como eu disse antes, eles conseguiram alguns saltos e alguns gols, mas não entramos em pânico. Eu acho que nós tentamos manter o nosso plano de jogo. ”


Como assim não há pânico? São 22 gols sofridos em 5 jogos meu querido Capitão, não me venha com essa. Roman Josi definitivamente decepciona como líder nesta pós temporada. Não age como tal, não tem controle sobre si, o que dirá sobre um vestiário e grupo de hockey.


“Podemos ser melhores? Claro”, defende Nashville, P.K. Subban disse. “Temos que ser muito melhores. Parece que toda vez que cometemos um erro, ele acaba na nossa rede. Na verdade, temos que ir à Winnipeg de qualquer maneira, então vamos lá e ganhe um jogo e volte aqui. É simples assim.”


JOGO 6, Winnipeg PREDS 4 – 0 JETS


Do or Die (Faça ou Morra): Pacto feito entre os jogadores no vestiário, você já deve ter ouvido isso e continuará ouvindo, já é tradição no vestiário dos Preds. É uma convicção que diz que, quando tudo o que importa é ganhar um jogo de hockey. Eu perguntei por onde andavam nossos jogadores e nosso hockey, eis que eles surgiram para fazer ou morrer no jogo 6, também, não é pra menos, com declarações tão fortes e tão convictas como as de P.K. Subban, que garantiu publicamente que a série voltaria para Nashville sem problema ou “simples assim”. Seria muita falta de responsabilidade não trazer a série de volta para a cidade da música.


Não foi o jogo perfeito como parece, mas fomos o melhor nesta série pela primeira vez, logo com um minuto de jogo disparo do Josi desvio do Arvidsson e Preds 1-0. As zebras analisam high stick, mas definitivamente não foi. Na sequência Fiala perdeu duas grandes chances praticamente dentro da crease, depois ainda fez boa jogada de habilidade e parou em Hallebuyck. Nossos rapazes fazendo bom Forecheck e boas transições, mesmo com boas chances a defesa dos Jets eram muito difíceis de passar.


Tivemos uma boa oportunidade em 2-on-1 em um contra-ataque com Arvy e Joey, mas paramos em Hallebuyck. Hey, a JOFA line jogando nessa série finalmente. Mas os Jets deram trabalho para Pekka Rinne também, ele foi bem essa noite como na temporada regular. Da metade do período em diante pouco fizemos pois fomos 3 vezes à caixa, Ekholm, Watson e Weber. Parecia que o pesadelo das penalidades viria e o segundo período não foi assim, ainda bem. Os Jets também tiveram boas chances neste segundo período mas Rinne seguia muito bem.


Mas é chegada a hora do “Filip Scoresberg Show.” Ele quebrou seu stick quando bloqueou um disparo e parecia até jogada combinada com Smith que fez muito bem um trabalho com o puck de borda do gelo em quanto Forsberg era mais esperto que Chariot conseguindo ir até o banco, pegar um stick, se livrar dele, e parar nas redes literalmente.

Hoje finalmente Hallebuyck recebendo salário, trabalhando pois os Preds estão no gelo.


Ainda tem mais Filip Scoresberg Show, apenas aprecie.

Se fosse uma jogada individual ainda assim seria espetacular, mas foi muito improviso no lance, foi de repente demais e ele simplesmente fez parecer fácil.

3-0 no placar e restando pouco mais de cinco minutos por jogar os Jets tiram Hallebuyck e Arvidsson fecha o placar 4-0, shutout e voltamos para casa para o primeiro jogo 7 da Bridgestone Arena.


Então promessa cumprida pelos jogadores, vale a pergunta. O que estavam fazendo até agora? Longe da perfeição, mas fomos grandes nesse jogo, e porquê não jogamos assim? Eu não sei realmente explicar, a não ser o que tenho dito desde o início dos Playoffs. Nossa defesa desapareceu, assim como nosso hockey.


Fiascos e mais fiascos, até mesmo na vitória no jogo 4, e então uma excelente exibição nos revolta para querer saber o que acontece nos outros jogos. Infelizmente o final será trágico para o jogo 7 em Nashville.


Subban: “Dá nossa equipe, posso dizer coisas boas o suficiente sobre esse grupo. É o melhor grupo de pessoas com quem eu já joguei e são boas pessoas, e essa é a diferença que faz quando você está nessas situações.”

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